Tô só observando

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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sapatos de porquinho

É o quê queremos ser Intocáveis...!

E a pergunta que fica é: como?

Nos deixamos levar pela opinião alheia, pela fome, pela novela das oito, pela magreza dos outros... Sempre os outros e nunca nós...O filme francês Intocáveis me emocionou por isso; somos levados por tudo: pela aparência e pelo que os outros vão pensar...

Tirar sarro das próprias limitações não faz com que elas desapareçam, mas faz com que elas diminuam de tamanho e é tão gratificante transpor o muro que nós mesmos colocamos sobre os nossos olhos... Muitas vezes deixo de escrever com medo do julgamento alheio... Que alheio?! Aí já penso: ah vá comer "alheira"! Que é uma carne portuguesa, que nada mais é do que restos de carne. E é isso que deve ser a famosa opinião "alheia": restos...

E porque a gente se acosuma a comer restos? Porque esquecemos que somos Humanos e nos contentamos com pouco, porque quase sempre vivemos para os outros e não para nós. Temos medo do ridículo, mas quer coisa mais ridícula que dar atenção somente as opiniões alheias e não ao que sua intuição/coração diz?Mas não nos ouvimos, nos acostumamos a assistir as "Avenidas Brasil" da vida, ao drama do outro e dar opinião na vida do outro, tudo prá não olhar para si... Olhar prá própria condição é difícil, mas mais difícil ainda é viver a própria vida.Aí entramos na vitimização: "ah mas eu trabalho tanto", "ah esse ano do dragão", "ah culpa dos meus pais que me criaram assim" Oi?! Ah vai lavar um tanque de roupa meu senhor, minha senhora!

O filme é baseado em fatos reais, mostra a amizade entre um cuidador que não tem dó do tetraplégico rico que o contrata e é isso que o leva a ser contratado! Nos valorizamos tão pouco! Um aprendeu com o outro sobre a tão famigerada e discutida liberdade interna.

É preciso ter liberdade interna prá rir de si. É necessário e muito bom rir de si! Porque somos risíveis, somos ridículos e talvez por isso mesmo tão fascinantes! Uma senhora de 70 anos, com cara de 50, na manicure, me disse que era mto bom ver uma menina (kkkkkk eu?!) ter liberdade prá cortar o cabelo curto. E ela se comprou sapatos de porquinho! Desculpe, ela tem liberdade interna! Eu só cortei o cabelo!!!

Diga não aos restos!! Três vivas aos sapatos de porquinho!!!

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