Tô só observando

Tô só observando

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Bebê e adulto

Quando era pequena e via as nuvens no céu, me dava uma certa tristeza e uma certa alegria.

Tristeza porque pensava na morte e que Nostradamus tinha razão: a Terra ia acabar.

Alegria porque simplesmente me sentia bem em poder olhar, sentir a respiração.

Ainda hoje, quando olho o céu com os olhos de criança, tenho a mesma sensação. E ainda me dá medo e também me conforta.

Pergunta: ainda sou criança? O quanto ainda tenho de criança? Em quê medida isso é bom ou ruim?

Como tudo tem dois lados, acho que é bom porque ainda existe alegria, vontade de viver, de acreditar e ruim porque mesmo em tudo isso, há uma espécie de ingenuidade...

Há uma curiosidade e uma preguiça

Há um medo e uma súbita coragem

Há raivinhas e amor

O grande truque talvez seja se reconhecer ainda como criança e, como adulto, saber acalentar esse bebê, que é voce mesmo, e assim fazê-lo amadurecer...

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Lá no fundo

Será que a gente sabe? Será que a gente, lá no fundo, sabe quando um trabalho não vai dar certo, um namoro não vai dar certo, uma amizade não vai dar certo? Será que aquele silêncio que fica dentro do peito nos conta?

Tenho a sensação de que conta sim. A gente é que não ouve: muita buzina, muita reclamação (nossa e dos outros) e aí a gente se decepciona. A pergunta que fica é: com quem? com o trabalho? Com o namoro? Ou com aquela insistente mania de expectativa que temos com tudo? "Ah não tenho opinião sobre família". Arã, até a hora em que alguém discorda dessa opinião que a pessoa diz não ter.

Acreditamos que prá ser feliz é preciso carros, estar magra, ser competente, não chorar, ter a pele linda... Quando, às vezes, um comentário bobo na rua, o pular de uma criança faz a gente rir e esquecer de nós. Uma gota de tranquilidade no coração.

A expectativa é que atrapalha: todo trabalho dá "trabalho", todo namoro dá "trabalho", toda amizade dá "trabalho". Mas aí vem o grande truque: qual "trabalho" que dá? Se vc encarar tudo dessa forma, tudo fica muito chato e sem brilho. Eu erro, vc erra, sua mãe erra. E os erros podem gerar acertos, apesar do "trabalho" que eles dão...

Porque às vezes não enxergamos que desviamos do caminho, que erramos e é necessário muito silêncio e muito "trabalho" prá retomar...

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