terça-feira, 31 de dezembro de 2013
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
O melhor presente de Natal
Foi Natal e todos ficamos ávidos por atenção. É quase uma histeria coletiva, as pessoas querem falar, trocar presentes, fazer balanço do ano, comer, beber. Tudo muito. Tudo o tempo todo. Demais. E... E aí nos arrependemos, mais uma vez, dos excessos, e juramos que o ano que vem será diferente.
Em quê, me pergunto?
Não respondemos a essa pergunta porque a auto análise é chata, dá trabalho e mais do que isso: descobrimos coisas em nós que não gostaríamos e descobrimos que não nos satisfazemos com quase nada.
Pois é, só que este ano, recebi um presente diferente. Recebi uma carta. Esta carta não foi escrita por quem me deu, mas caiu como uma luva para que o ano que vem comece diferente.
No texto "Um presente de Natal para minha filha", esse pai enfatiza que Ninguém deve nada a você, por conseguinte você também não deve nada. Bobo? NÃO! É libertador!!!!!!!!
Pense nas consequências dessa afirmação: seus amigos, companheiros de trabalho, namorado, marido, esposa, filhos, todos do seu círculo pessoal/profissonal/social não devem nada a você. Contudo, qual é a mulher que acha que o marido não lhe deve algo? Ou o filho? Pela atenção que ela dispensa a eles? Agora vejamos a contrapartida: você também não deve nada a eles!!!!!!!!!!
Dolorido?! Não! Fato!!!!! Essas relações só podem estar baseadas em algo mais profundo e verdadeiro, que não a dívida, ou culpa, mas Amor. Na vontade que temos de estar uns com os outros. Ele toca em outros pontos, mas foi isso que me tocou.
É muito difícil expressar-se com clareza e justeza de termos. Principalmente quando falamos de sentimentos, principalmente para as pessoas mais próximas, temos vergonha. Quando o certo seria exatamente o oposto.
Obrigada pelo presente! Vou relê-la sempre!
E como na vida temos que aprender a compartilhar, segue a íntegra:
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=863
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
What have you done?
Acabei de ouvir novamente a tão repetida canção Happy Christmas de John Lennon... Pois é, só que, dessa vez, algo aconteceu dentro de mim, por que ele pergunta: o que você fez? E me emocionei: o que eu fiz? De verdade, de coração, sem repetição, sem medo? E sabe? Não sei responder ao certo...
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Insônia
Tinha um amigo meu que adorava ter insônia. Dizia que muitos problemas poderiam ser resolvidos de madrugada, era bom para colocar a leitura em dia... Nunca tinha ouvido tamanha bobagem. Sempre odiei insônia, acho que devemos dormir bem, faz parte da vida saudável. Só que, quando eu ouvi isso, devia ter no máximo 27 anos e, ele, já tinha passado dos 70 (hoje nem acho tão velho assim)...
Pois bem, vários anos mais tarde, conclui essa madrugada: algumas noites de insônia são abençoadas. Mesmo! Dormi aproximadamente 4 horas, depois disso "fritei" na cama mais que peixe de beira de praia. Levantei em um mau humor terrível, daqueles avassaladores, amaldiçoando o dia.
Só que, para a minha surpresa, tudo que fiquei remoendo, quase desapareceu, como num passe de mágica, junto com o amanhecer! Foi como se uma nova eu, virasse prá mim e risse, bem alto, bem cheia de chacota, e dissesse: "Como você é tonta! Ficou sem dormir de preocupação! Tonta! Os outros não estão nem aí! O que importa a opinião deles? Quem está cansada agora é você! Vai trabalhar assim, que eu quero ver! Boba!".
Chateei na hora, mas veio uma lucidez: essa outra tinha razão! A preocupação me apertou o peito durante a noite, o dia veio e do que aquilo adiantou? Nada! Só que durante a "fritada", tomei chá, li, vi seriados, pensei, pensei e pensei... em nada, porque o sono deixa tudo meio turvo; daí minha surpresa com a clareza da manhã. Em todos os sentidos...
Não resolvi nada, mas estou mais leve, mais calma, mais sábia (?) e pronta para a próxima noite, que já sei, será muito bem dormida!
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Super Cabelo
Dizem que a força da mulher está no cabelo. Descobri, a duras penas, que, para a maioria das pessoas, a força está no cabelo comprido. Já tive cabelo curto, bem curto, quase raspado e já tive cabelos longos, mas uma coisa é certa: toda mudança neles pontuou uma nova mudança interna.
A questão sempre é descobrir essa pontuação nova, o que está por vir. É como se tivessem várias idéias em suspenso e aos poucos, sem que eu perceba, elas se acalmam e começam a decantar. Ainda estou no processo de decantação, não sei o novo rumo, talvez ninguém perceba, mas algo internamente já se modificou, tanto é que o cabelo está curto.
É quase como um grito de socorro para mim mesma, pedindo: FORÇA!!!! E o corpo atende. Cortei o cabelo na TPM, olho esse rosto já um pouco envelhecido, mas com brilho e dizendo internamente: VAI! E fui. Sinto-me leve, desnuda para mim, vejo o medo, as insatisfações e a coragem para seguir. Parte do peso foi embora com os cabelos (apesar de me sentir mais gorda! rsrsrs).
A parte que ficou cabe a mim lidar, questionar, buscar, refletir, buscando essa evolução interna, enxergando o bom e o ruim, sem tanto julgamento, porque o que parece horrível hoje, pode ser sua/minha salvação amanhã. O problema é que não cremos nisso, pensamos controlar nosso destino, quando acho que, às vezes, é necessário acreditar no inesperado.
Dalila cortou o cabelo de Sansão, assim ele perdeu a força, foi entregue aos filisteus, ficou cego... Já eu cortei o cabelo para tirá-los dos meus olhos, enxergar melhor e aí sim, adquirir nova força!
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Releituras
Hoje fiz uma breve releitura de alguns trechos de O Poder do Mito, de Joseph Campbell. Sempre rabisco os livros, anoto frases e, agora, relendo, percebi muitos outros significados. É bonito perceber que andamos internamente...
Ele disse: "Céu e Inferno estão dentro de nós, e todos os Deuses estão dentro de nós.... " Olha só a responsabilidade de organizarmos essa patota toda! Ele fala "simplesmente" de mitologia, agora, isso não é a mais pura verdade, se pensarmos friamente como a nossa própria cabeça trabalha?
Quantas vezes criamos a nossa própria Guerra Fria, dentro da nossa própria mente e quem está do nosso lado mal percebe o conflito? Brigamos internamente com maridos, chefes, amigos e eles nem sabem. A pergunta que faço é: por quê? Que dicotomia chata, que não leva a nada, pura masturbação mental alimentada por nossa própria imaginação.
Como brecar isso? Tenho tentado verbalizar, da maneira mais doce que posso, o que penso. Confesso que além de ser um exercício difícil, no exato momento em que falo, percebo que mais da metade dos meus pensamentos/argumentos eram completas idiotices. Então me calo e automaticamente, nessa hora, brequei algo ruim que poderia acontecer.
É pouco, mas esse silêncio, de que quem cala porque percebe que estava falando por falar, falando por medo, falando para ganhar a discussão, é tão reconfortante... É como um abraço.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Sacrifício
Vi essa cadela na rua, Vitória, com o seu dono, Ideilton. Os dois simples e os dois belos.
Emocionante.
Ele me contou que encontrou-a na rua, rastejando, chorando e ele levou-a para uma veterinária, que cuidou dela, fez uma cirurgia, não cobrou nada e tentou doá-la... Mas quem iria querer? Vitória estava paraplégica. Sacrificar? Não! Ideilton já estava afeiçoado. Ele ficou com ela e ainda conseguiu que um advogado "patrocinasse" o carrinho da nova amiga. Palavras dele.
Palavras dele:
"Sabe como ela ficou assim? Alguém deu uma paulada nela. Bem aqui ó. Quem faz uma coisa dessas né? Imagina o que essa pessoa terá que pagar né? O que essa pessoa vai sofrer... Coitado, ele não sabe as contas que terá que acertar com Deus... Mas eu não podia sacrificá-la, seria dor demais".
Isso foi hoje de manhã bem cedo. Até agora me emociono. Acho essa lição de vida tão forte, tão óbvia... Ela transcende para muito além da relação homem/cachorro, vai para as relações de amizade, de trabalho, familiares, amorosas.
Palavras dele:
"Agora eu vou párar um pouquinho, dar um pouco de água prá ela e trocar a fralda. Esse é o meu sacrifício"
E me pergunto: o que eu sacrifico? O que nós sacrificamos?
Sacrifício é a doação de algo valioso, em troca de algo mais valioso ainda. Definição do dicionário.
É para pensar...
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