Tô só observando

Tô só observando

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Make a Wish


Encontrei essa árvore cheia de flores amarelas e pensei: "ela parece cheia de moedas de ouro, como se fosse um tesouro".

E é. 

Ela está numa rua vazia, linda, esperando que recolhamos as suas flores-moedas e façamos um desejo para o Ano Novo.

Mas ela exige: não pode ser um desejo qualquer, banal, desses que a gente promete e não cumpre. Tem que ser mais que um simples desejo, tem que ser uma mudança interna, algo que levaremos para todos os Anos Novos que estão por vir.

E também não pode ser algo genérico, tipo Saúde. Tem que ser: "desejo ter Saúde para aprender a ter mais calma e trabalhar melhor". Algo assim, com um propósito firme.

Assim como ela mesma: firme e florida; doce e forte; majestosa e delicada.

Aprendamos a fazer desejos firmes, que durem dentro da gente, aprendamos com as árvores-tesouro, escondidas por aí.

É isso que desejo!!!

Make a wish!!!!

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O melhor presente de Natal

Foi Natal e todos ficamos ávidos por atenção. É quase uma histeria coletiva, as pessoas querem falar, trocar presentes, fazer balanço do ano, comer, beber. Tudo muito. Tudo o tempo todo. Demais. E... E aí nos arrependemos, mais uma vez, dos excessos, e juramos que o ano que vem será diferente.

Em quê, me pergunto?

Não respondemos a essa pergunta porque a auto análise é chata, dá trabalho e mais do que isso: descobrimos coisas em nós que não gostaríamos e descobrimos que não nos satisfazemos com quase nada.

Pois é, só que este ano, recebi um presente diferente. Recebi uma carta. Esta carta não foi escrita por quem me deu, mas caiu como uma luva para que o ano que vem comece diferente.

No texto "Um presente de Natal para minha filha", esse pai enfatiza que Ninguém deve nada a você, por conseguinte você também não deve nada. Bobo? NÃO! É libertador!!!!!!!!

Pense nas consequências dessa afirmação: seus amigos, companheiros de trabalho, namorado, marido, esposa, filhos, todos do seu círculo pessoal/profissonal/social não devem nada a você. Contudo, qual é a mulher que acha que o marido não lhe deve algo? Ou o filho? Pela atenção que ela dispensa a eles? Agora vejamos a contrapartida: você também não deve nada a eles!!!!!!!!!!

Dolorido?! Não! Fato!!!!! Essas relações só podem estar baseadas em algo mais profundo e verdadeiro, que não a dívida, ou culpa, mas Amor. Na vontade que temos de estar uns com os outros. Ele toca em outros pontos, mas foi isso que me tocou.

É muito difícil expressar-se com clareza e justeza de termos. Principalmente quando falamos de sentimentos, principalmente para as pessoas mais próximas, temos vergonha. Quando o certo seria exatamente o oposto.

Obrigada pelo presente! Vou relê-la sempre!

E como na vida temos que aprender a compartilhar, segue a íntegra:

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=863

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

What have you done?

Acabei de ouvir novamente a tão repetida canção Happy Christmas de John Lennon... Pois é, só que, dessa vez, algo aconteceu dentro de mim, por que ele pergunta: o que você fez? E me emocionei: o que eu fiz? De verdade, de coração, sem repetição, sem medo? E sabe? Não sei responder ao certo...


Posso dar respostas prontas, posso fazer filosofia e falar bonito, mas isso não interessa. Ele fala que deseja que tenhamos nos divertido  e me perguntei do que meus lábios riram porque o meu coração riu, e do que eles riram por rir...

É final de ano e, facilmente, podemos nos tornar piegas porque fatalmente faremos nossas auto análises. Aí me pergunto: o que eu fiz? 

Penso que arrumar a casa, o armário sempre ajuda a arrumar a cabeça. É coisa boba? Pode ser, mas coopera para colocar os pensamentos e perspectivas em ordem e desde a semana passada tenho arrumado um pouco meu lar.

Foi estranho escrever meu lar, sempre chamo de casa. Está aí uma outra questão: é lar ou minha casa? Você vê que, com tão pouco, podemos dizer tanto. E você vê o quanto uma música, que julgava conhecer, pode tocar de diferentes formas dentro do nosso ser, dependendo da fase da nossa vida.

Acho que este não é um texto para fechar, mas para abrir, abrir a cabeça, o coração, indagar-se e, acima de tudo, aprender a ouvir-se.

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Insônia

Tinha um amigo meu que adorava ter insônia. Dizia que muitos problemas poderiam ser resolvidos de madrugada, era bom para colocar a leitura em dia... Nunca tinha ouvido tamanha bobagem. Sempre odiei insônia, acho que devemos dormir bem, faz parte da vida saudável. Só que, quando eu ouvi isso, devia ter no máximo 27 anos e, ele, já tinha passado dos 70 (hoje nem acho tão velho assim)...

Pois bem, vários anos mais tarde, conclui essa madrugada: algumas noites de insônia são abençoadas. Mesmo! Dormi aproximadamente 4 horas, depois disso "fritei" na cama mais que peixe de beira de praia. Levantei em um mau humor terrível, daqueles avassaladores, amaldiçoando o dia.

Só que, para a minha surpresa, tudo que fiquei remoendo, quase desapareceu, como num passe de mágica, junto com o amanhecer! Foi como se uma nova eu, virasse prá mim e risse, bem alto, bem cheia de chacota, e dissesse: "Como você é tonta! Ficou sem dormir de preocupação! Tonta! Os outros não estão nem aí! O que importa a opinião deles? Quem está cansada agora é você! Vai trabalhar assim, que eu quero ver! Boba!".

Chateei na hora, mas veio uma lucidez: essa outra tinha razão! A preocupação me apertou o peito durante a noite, o dia veio e do que aquilo adiantou? Nada! Só que durante a "fritada", tomei chá, li, vi seriados, pensei, pensei e pensei... em nada, porque o sono deixa tudo meio turvo; daí minha surpresa com a clareza da manhã. Em todos os sentidos...

Não resolvi nada, mas estou mais leve, mais calma, mais sábia (?) e pronta para a próxima noite, que já sei, será muito bem dormida!

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Super Cabelo

Dizem que a força da mulher está no cabelo. Descobri, a duras penas, que, para a maioria das pessoas, a força está no cabelo comprido. Já tive cabelo curto, bem curto, quase raspado e já tive cabelos longos, mas uma coisa é certa: toda mudança neles pontuou uma nova mudança interna.

A questão sempre é descobrir essa pontuação nova, o que está por vir. É como se tivessem várias idéias em suspenso e aos poucos, sem que eu perceba, elas se acalmam e começam a decantar. Ainda estou no processo de decantação, não sei o novo rumo, talvez ninguém perceba, mas algo internamente já se modificou, tanto é que o cabelo está curto.

É quase como um grito de socorro para mim mesma, pedindo: FORÇA!!!! E o corpo atende. Cortei o cabelo na TPM, olho esse rosto já um pouco envelhecido, mas com brilho e dizendo internamente: VAI! E fui. Sinto-me leve, desnuda para mim, vejo o medo, as insatisfações e a coragem para seguir. Parte do peso foi embora com os cabelos (apesar de me sentir mais gorda! rsrsrs).

A parte que ficou cabe a mim lidar, questionar, buscar, refletir, buscando essa evolução interna, enxergando o bom e o ruim, sem tanto julgamento, porque o que parece horrível hoje, pode ser sua/minha salvação amanhã. O problema é que não cremos nisso, pensamos controlar nosso destino, quando acho que, às vezes, é necessário acreditar no inesperado.

Dalila cortou o cabelo de Sansão, assim ele perdeu a força, foi entregue aos filisteus, ficou cego... Já eu cortei o cabelo para tirá-los dos meus olhos, enxergar melhor e aí sim, adquirir nova força!

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Releituras

Hoje fiz uma breve releitura de alguns trechos de O Poder do Mito, de Joseph Campbell. Sempre rabisco os livros, anoto frases e, agora, relendo, percebi muitos outros significados. É bonito perceber que andamos internamente...

Ele disse: "Céu e Inferno estão dentro de nós, e todos os Deuses estão dentro de nós.... "  Olha só a responsabilidade de organizarmos essa patota toda! Ele fala "simplesmente" de mitologia, agora, isso não é a mais pura verdade, se pensarmos friamente como a nossa própria cabeça trabalha?

Quantas vezes criamos a nossa própria Guerra Fria, dentro da nossa própria mente e quem está do nosso lado mal percebe o conflito? Brigamos internamente com maridos, chefes, amigos e eles nem sabem. A pergunta que faço é: por quê? Que dicotomia chata, que não leva a nada, pura masturbação mental alimentada por nossa própria imaginação.

Como brecar isso? Tenho tentado verbalizar, da maneira mais doce que posso, o que penso. Confesso que além de ser um exercício difícil, no exato momento em que falo, percebo que mais da metade dos meus pensamentos/argumentos eram completas idiotices. Então me calo e automaticamente, nessa hora, brequei algo ruim que poderia acontecer.

É pouco, mas esse silêncio, de que quem cala porque percebe que estava falando por falar, falando por medo, falando para ganhar a discussão, é tão reconfortante... É como um abraço.

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Sacrifício


Vi essa cadela na rua, Vitória, com o seu dono, Ideilton. Os dois simples e os dois belos.

Emocionante.

Ele me contou que encontrou-a na rua, rastejando, chorando e ele levou-a para uma veterinária, que cuidou dela, fez uma cirurgia, não cobrou nada e tentou doá-la... Mas quem iria querer? Vitória estava paraplégica. Sacrificar? Não! Ideilton já estava afeiçoado. Ele ficou com ela e ainda conseguiu que um advogado "patrocinasse" o carrinho da nova amiga. Palavras dele.

Palavras dele:

"Sabe como ela ficou assim? Alguém deu uma paulada nela. Bem aqui ó. Quem faz uma coisa dessas né? Imagina o que essa pessoa terá que pagar né? O que essa pessoa vai sofrer... Coitado, ele não sabe as contas que terá que acertar com Deus... Mas eu não podia sacrificá-la, seria dor demais".

Isso foi hoje de manhã bem cedo. Até agora me emociono. Acho essa lição de vida tão forte, tão óbvia... Ela transcende para muito além da relação homem/cachorro, vai para as relações de amizade, de trabalho, familiares, amorosas.

Palavras dele:

"Agora eu vou párar um pouquinho, dar um pouco de água prá ela e trocar a fralda. Esse é o meu sacrifício"

E me pergunto: o que eu sacrifico? O que nós sacrificamos?

Sacrifício é a doação de algo valioso, em troca de algo mais valioso ainda. Definição do dicionário.

É para pensar...





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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Calça Jeans Laciada

Dizem que a calça jeans laceia, que ela pega o formato do corpo. Hoje a minha calça jeans está irritantemente mal-humorada e inchada.

É ela, não sou eu, o problema.

Tô pensando em picotá-la em vários pedaços, rasgá-la com um garfo bem afiado, jogar tinta, só prá ver se ela aprende. "Ah é a idade!". Dela né? Não a minha. Eu tô ótima na minha idade! Tão chata essa frase! É uma desculpa, uma espécie de consolo: "ah você não tá tão feia...". Esse é o subtexto.

Sempre adorei essa calça jeans... Ela é rasgada, valorizava o que precisava e escondia as imperfeições. Hoje ela parece minha pior inimiga. Ela deve ter pensado: "querida, fiquei laciada e você engordou! Cuidado com a flacidez!". Vaca.

Essa calça jeans é pior que aquelas amigas sinceras demais sabe? Aquela que joga a verdade na sua cara? Aquela que fala, mesmo quando você não pergunta? Mas eu gostava dela, porque antes, ela falava baixinho: "psiu, você ganhou um pouco de coxa... "

Hoje ela gritou prá todo mundo: "olha só a banha da mina"! Berrou, chamou a atenção do povo. E não foi a atenção do pedreiro que até deixa você feliz com aquelas cantadas sem noção!!! Não!! Ela chamou a atenção das mulheres!!!! Porque o olhar de outra mulher é sempre o nosso pior espelho!

Como gosto muito dela, tomei uma decisão para salvar a nossa amizade: vou fechar a boca por 7 dias e lavá-la várias vezes, se ela não entrar daqui a uma semana, jogo fora. Se quiser que sejam grosseiros comigo sem que eu peça, sei lá, cadastro meu telefone de casa numa agência de telemarketing.

Brincadeira... Sinceridade hoje em dia é tão difícil...

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Viagens

Quando viajamos buscamos essencialmente uma viagem para dentro de nós mesmos.

Clichê?

Pode ser, mas acredito que isso seja verdade. Nossos olhos ficam abertos e ávidos para ver, ver, ver. Só que, para ver algo inédito, os escudos têm que baixar, aí, no exato momento em que eles baixam, você é tocado.

Toca em algo lá dentro, que nem você sabe exatamente onde é, mas, este era o objetivo de sua viagem para o exterior: chegar no seu próprio interior.

Acredito que não percebemos isso, vamos notar que, lentamente, uma mudança faz-se dentro de si, devagar e forte, para que esta possa ser sua nova "Eu".

Ninguém percebe, mas você sabe, que algo ali dentro, mudou.

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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Vômito

Caiu a pressão, a mão e a boca ficaram formigando, até que falar tornou-se difícil.

Vomitei. Tenho estômago de ferro, mas vomitei. Vomitei porque recebi uma notícia que me enojou.

Vomitei tanto que estou cansada até agora.

Vomitei tudo o que tinha no estômago e o que não tinha.

Enquanto vomitava, algo em mim pensou: por que fiquei triste?

Porque compreendi e matei, de vez, alguém dentro de mim. Dói e aí a gente expurga o que tava dentro, vomitando, como algo que voce não quer mais comer.

Quero comer alimentos saudáveis porque agora já sei distinguir quais me fazem mal.




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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Muitos subtons

Quando a gente envelhece, descobre que dificilmente existe alguém inteiramente mau ou inteiramente bom, como na novela (nem mesmo elas andam tão assim). A gente descobre que a vida não é maniqueísta, tão pouco persegue. O mundo continua girando, mesmo que você tenha dor, mesmo que você queira que ele olhe para você agora.

O mundo olha, mas não pára, e é bom que seja dessa forma, porque ele nos educa. Você aprende que tem que levantar, olhar para si e para os outros com carinho e paciência, pela criança que temos dentro da gente... Nossa cabeça, nessa hora, é o mundo, que olha para o que acontece dentro, mas não pára; entende as manhas e educa essa criança interior.

Mostra para essa criança, que não existe uma cor, fechada e una, mas uma palheta de cores, e é preciso olhar para elas, sem julgamento, deixar que o eco aconteça dentro, para que aí sim, o sentimento transborde.


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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Encontro

Quando a vi entrar, pensei que podia sentir seu cheiro de longe. Não que ela estivesse suja, mas gosto de sentir o ar ao redor das pessoas e coisas. Ela estava linda, brilhava... De qualquer forma, pressenti que ela também queria se aproximar, pois seu olho brilhou. Pensei até em falar alto, mas estavam todos falando tão baixo que não queria incomodá-los e achei que se falasse, estragaria nossa comunicação não verbal, que me parecia tão interessante. A mulher que a acompanhava, gesticulava muito os braços, aquilo me distraía. Por que se movimentava tanto? Acho que devia ser solteira, mulher casada não se movimenta daquela forma. O rapaz que estava comigo é muito lamurioso, fica sempre divagando enquanto come.  Às vezes vejo que sua boca se mexe, mesmo quando não está comendo. Fiquei com receio dela achar que éramos dois doidos, por isso sorri.

Meu sorriso a estimulou, percebi uma leve vibração no seu corpo. Mas aquela amiga conhecia todo mundo, falava com todos, muitos passavam na nossa frente, e eu perdia o contato visual. Mudei um pouco a minha posição e a flagrei se movimentando, também me procurando. Sorri satisfeito, e ela sorriu envergonhada. Baixou os olhos e eu fiquei feliz por aquele gesto que demonstrava uma alma tranqüila e reservada. Prefiro o silêncio.

O silêncio nos olhava. O rapaz, dentro do seu próprio mundo, queria ir embora, não percebeu o que estava acontecendo, tentei explicar com calma, ele não me ouviu, mas eu precisava me retirar com ele. Ela, de longe, viu o que estava acontecendo e,  por seu lado, conversou com a mulher que não parava de se mexer.
Saímos – achei melhor não dar escândalo lá dentro – e assim que pude,  já comecei a gritar com ele, acusando-o de ser egoísta, que não olhava ao seu redor, que devia parar de olhar para si mesmo e tentava puxá-lo para dentro de novo e qual não foi minha surpresa, quando vi a minha amada, arrastando sua amiga para o lado de fora, também aos gritos, também insana, também brigando por mais um olhar.

Surpresos com nossas atitudes, olhamo-nos com admiração, ficando parados por um instante. Começamos a nos aproximar lentamente, analisando um ao outro. Coração palpitando forte. Estávamos perto o suficiente para nos beijar. Agora sim, podia sentir seu cheiro. Ela cheirava a Bonzo, ração antiga, ela era tradicional. Gosto disso.


Abanei meu rabo com satisfação, ela retribui com um latido feliz. Éramos dois golden retriever que tinham encontrado o amor, ali, na sala de espera da clínica veterinária.

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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Rugas de preocupação

Sim, tenho rugas. Nem eu sabia quantas rugas eu tinha até que me assustei, quando olhei, de repente, o espelho. Pensei: estou velha. Aí tem aqueles mais lunáticos que falam: "velha não, experiente!". Só que nem sempre velhice significa maturidade, mas tem um sentimento que realmente começa a crescer quando envelhecemos: tranquilidade e isso é que te torna mais experiente e inteligente.

Tem coisas que só o tempo traz. Nunca achei que aquela famosa frase: "ah se eu tivesse 20 com a cabeça de 60" fosse verdade. Mas é. Ah se eu tivesse 20 com a minha cabeça de 40. Só que o passado já foi, para mim resta aprender com as velhas e novas rugas que virão. Rugas de rir também, porque nem sempre as rugas são de tristeza e preocupação...

Pensei isso quando vi a foto de uma senhora índia, muito enrugada (até na bunda). Ela é da tribo ZO'É e quanto mais rugas a pessoa tem, mais bem tratada ela é. Bonito isso. Lá sim, as rugas traduzem maturidade, vivência... Por que não valorizamos nossos velhos? Por que temos vergonha das rugas?

Em última instância, nossa sede de juventude é muito mais um grito de uma criança birrenta que insiste em não crescer... Resta, a nossa porção adulta, educar essa criança e explicar sobre o Tempo.

Lançamento do Livro ZO'É - Galeria Vermelho. Rua Minas Gerais, 350. 06/11 das 19h às 21h30.

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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Duas orelhas

Voce tem duas orelhas e uma boca: que é para ouvir mais e falar menos.

Outro dia, ouvi isso novamente e pensei: sim e tenho 2 nádegas, que é prá aprender a cagar quando ouvir besteira por esses 2 ouvidos!!!!! 
Ok, vc pode responder anatomicamente como quiser, mas entendeu o espírito do quê falo.
É necessário ser surda quando a discussão não interessa, mas às vezes é necessário usar as duas mãos e os dois braços prá se defender.
"Ai que horror diz a D Maria. Ela tá nervosa!"
"Sim, estou!"
Exemplo besta: estava irritada na fila do banco porque só tinha um caixa atendendo, o cara era lento, grosso com idoso e eu, na minha inocência, simplesmente falei que ele não tinha o direito de tratar as pessoas daquela maneira, afinal era um senhor de idade que nitidamente não sabia se defender, aí eu fui grossa?
Porque até aquele momento, tava todo mundo reclamando na fila! 40 minutos e todos resmungando ao invés de fazer algo! 
Após um mini show, protagonizado por mim mesma, exigindo outro caixa e desculpas para o senhor, fomos todos atendidos rapidamente, não sem antes ser "secada" por funcionários e clientes. Não estava tão irritada quanto parecia e tão pouco gritei - rsrs ok, um pouco...
Fato é que fazemos isso com tudo na nossa vida!!!! Ficamos calados na hora de falar e falamos na hora de calar!!! Que tal tentar usar a cabeça prá discernir e párar de repetir ditados que só têm sentido se houver reflexão?! 

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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Próxima Vítima

Não é a novela da Globo.

É um questionamento mesmo: quem é a nossa próxima vítima? Em geral, somos nós mesmos. Somos vítimas dos nossos próprios pensamentos, conceitos (pré), nosso tempo, nossa cultura. Não percebemos isso e assim o dia-a-dia nos leva numa salada de fruta doida e doída, onde cada fruta quer chamar atenção para si... Não percebe que ela faz parte de um todo.

E assim nós somos. Não percebemos o Todo e acreditamos que somos a fruta mais importante da salada. Não saímos de nós mesmos, não tentamos enxergar que o quê importa é o Todo. O sabor como um Todo.

Ficamos achando, sei lá, que o "kiwi" tá com um verde muito bandeira, chama muita a atenção e o quê será de mim, pobre "abacate" que fui amassado pela banana verde? rsrsrs

Nossos pensamentos são tão idiotas quanto esse exemplo... (o meu pelo menos é) Seu colega de trabalho fez um ótimo projeto. Vc participou desse projeto, mas não foi o "líder" naquele momento... Ele foi o Kiwi e vc, o abacate. Mas nós não entendemos isso, queremos estar a na crista, nosso ego se machuca com qualquer assoprão dos outros, quando o certo seria nos juntarmos a frutas bacanas e fazer uma salada bem saborosa.

Então, basicamente, de quem somos vítimas? Eu sou vítima dos pensamentos da Andréa, que acredita numas coisas bestas e sem sentido (às vezes, entra na vitimização), por isso, estamos aprendendo a fazer outras saladas de frutas, outros pratos...


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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

É necessário

Tem dias que a gente tá mais lúcida, como se algo dentro de voce enxergasse o mundo ao redor com uma crítica e uma benevolência nunca antes sentidas... Porque a crítica não é feroz, ela é acertiva; e a benevolência começa com a gente, com nossas próprias fraquezas... Quando enxergamos o fraco, "ruim" em nós, só podemos nos compadecer dos outros, pois realmente entendemos o significado de "sermos irmãos".

Podemos questionar que uns são mais irmãos que outros, podemos entrar em diversas questões filosóficas... Não importa, é necessário um esforço hercúleo para dominar a si mesmo, para crescer. Crescer dói. É físico. O nosso problema é que o corpo cresce antes da cabeça. Quando comecei a ficar mais alta na adolescência, tinha dor, nos ossos, porque eles estavam crescendo. Agora, adultos, temos dor, mas acho que é uma dor mais inteligente, porque ela ensina.

Temos que aprender a ver a vida para compreender o quê ela está ensinando.

Hoje chove e está nublado, mas é necessário coragem, sempre, para enxergar o Sol atrás das nuvens.

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Razão Áurea

Hoje na hora do almoço ouvi a expressão: razão áurea. Desde o colegial não ouço isso. Seria a proporção perfeita, a proporção de ouro, razão de ouro. O Pathernon foi construído assim. A Monalisa foi pintada assim. E fiquei pensando: normalmente não levamos nada de ouro na nossa vida.

A gente corre, a gente trabalha, a gente briga, sofre, chora e poucas vezes nos voltamos para uma "proporção áurea" interna. Aliás, levado ao pé da letra, não temos medida alguma com a nossa própria vida: a gente come demais, fala demais a gente sai demais da gente. E depois quer ter "razão"...

Em quê? Me pergunto. Não dá prá ter razão, proporção, medida se não nos analisarmos duramente. É difícil perceber que somos mesquinhos, pequenos e infantis. A gente acha desculpa para tudo isso. Quer ver?

"Não, não fui mesquinho. É que às vezes a gente tem que pensar primeiro na gente".
"Não é que eu não gosto da fulana, só acho que ela, às vezes, fala coisas maldosas"
"Por quê voce não pode fazer do meu jeito hoje?"

Quem já não disse algo assim?

Mas a gente não vê isso, a gente vê isso no outro. Não em si. Dói ver em si mesmo. Mas acredito que quando a gente enxerga isso, de verdade, a gente se livra um pouco dessa mesquinhez e da infantilidade. Aí, nessa hora, neste exato momento, alcançamos um pouco a "razão áurea"...

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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Presente

É dando que se recebe... Diz o ditado.

Então é necessário saber o quê voce está dando: amor, dinheiro, atenção,descaso, medo, interesse... Mas acho que antes de tudo, é necessário saber também para quem vc está entregando tudo isso.

A vida opera de forma diferente da nossa cabeça, estamos sempre em busca, busca, busca de uma profissão, de mais amizades, de amores, qdo a verdadeira busca deveria ser mais interior e acho que essa busca reflete numa paz interior e exterior.

E essa tranquilidade faz com quê busquemos menos, porque aí começamos a vislumbrar o quê queremos mais...

Conhecer a si mesmo é uma arte, difícil, é verdade... mas uma arte, doída, é verdade, mas uma arte... Porque voce começa a enxergar o bom e o ruim, e tudo bem, porque a Beleza está também nas imperfeições...

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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Qual é o limite?

Tem aquela velha história que dizemos que o Céu é o limite. Então, não é. Cada um tem o seu limite porque cada um é cada um. É óbvio isso, mas não pensamos sobre isso. Achamos normal os outros nos explorarem e não tô falando de chefe não, tô falando de amigos, família, namorados.... É importante saber o próprio limite. Saber o quê faz mal a sua alma.

Não sabemos nada sobre nós mesmos e por isso nos espelhamos "errado" no outro. "Ah fulano faz isso" no trabalho por exemplo, então também devo fazer também. Deve?!

Descobri, a duras penas, que muitas vezes que disse "sim" para agradar alguém, na verdade, deveria ter dito "não" e mais do quê isso: a pessoa que disse "não" foi muito mais valorizada do quê eu...

E aquela tendência de dizer "tanto faz"? Às vezes é tanto faz mesmo, tanto faz o filme, a comida, o quê importa é a companhia, é passear, é qualquer coisa, mas às vezes não é tanto faz. Às vezes temos que assumir que a vontade é: ficar quieta, tomando chá em frente a TV e assistir um seriado bem bobo.

É assim também com o limite bancário: os juros que voce paga por dizer sempre sim as compras compulsivas é muito alto. Saber escolher dá um prazer muito maior, porque no ato da escolha, voce consegue dizer sim e não mais conscientemente.


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terça-feira, 30 de julho de 2013

Luke, venha para o lado negro da força!

Sim, fui fissurada por diversos filmes na minha adolescência: Goonies, Curtindo a Vida Adoidado e os filmes Star Wars. Adorava o Luke, achava o máximo.

Na época, nem pensava que o filme poderia tratar de algo mais profundo, que essa galáxia poderia não ser tão distante assim, que aquelas espadas poderiam ser alegorias, que o lado negro da força coexiste com o lado "branco" da força, isso tudo aqui, dentro de nós...

Só pensava que queria ter o corpo da princesa Léa e que queria ter um princípe tipo o Luke - sim, eles são irmãos, mas eu sempre preferi ele ao capitão Han Solo! Mas essa fase passou... Passou?!

Às vezes penso que não... Penso que ainda queremos ser salvos, homens, mulheres, cachorros e papagaios. Não entendemos o filme, não entendemos o básico dele... Podemos ler de diversas formas: perdoar, saber que temos esse lado em nós, seguir em frente... A gente aprende vendo filme, lendo livro, mas é necessário sentí-los e pensá-los. É preciso unir/compreender as forças dentro de nós.

Divagações a parte, hj vi uma chamadinha besta sobre o Mark Hamill, ator que interpretou o Luke, dizendo que ele mudou. Ainda bem! Ele envelheceu! E mais, ele foi a voz do Coringa em muitos episódios do desenho do Batman! E eu adoro Batman! Portanto, sem saber, sempre gostei do trabalho desse ator, que acabou sendo enredado na trama de Star Wars!  Obrigada!!!!!!!

A tal da chamadinha

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Ler Estruturar Pensar

Leitura estrutura uma ruptura de pensamento
Pensamento estruturado rompe com o passado
Passado rompido estrutura um futuro evoluído

Esse "mini pensamento" me ocorreu outro dia porque estava assistindo um filme em inglês e perdi uma informação importante, então pensei que, em determinado grau, todos somos anallfabetos funcionais. Triste constatação, mas é verdade.

As vezes não entendemos uma ironia, uma maldadezinha alheia, tantas coisas... Por isso acho imperativo aprendermos, sempre, uma língua, um autor novo, uma dança. Esse novo aprendizado dá trabalho, é necessário romper com sua/nossa antiga forma de pensar, mas sempre é compensador, o pé fica mais firme no chão.

Só que temos medo de errar e apostamos sempre na forma antiga de fazer. Na dança também é assim: é necessário respirar, sentir o movimento e ir com ele até fim. Quantas vezes abandonamos o passo, ou a nós mesmos, com medo de estirar o músculo? Bem, é por isso que ensaiamos, para não estirar. Por isso que lemos, para aprendermos.

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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Jogo de Espelhos

Acho que a gente enxerga a vida por um jogo de espelhos errado, distorcido, quase aquele jogo que tinha nos parques de diversão antigos.

É como se aquela brincadeira de criança nos preparasse internamente para o futuro. Dificilmente nos vemos como somos e não falo simplesmente de parecermos gordas, magras, baixas ou altas. Falo mentalmente mesmo. Como quando éramos pequenos e nossos pais ou professores diziam: "ela é inteligente" ou "ela não ouve", ou seja lá o quê for, e aí: pimba! A gente acredita.

Incrivelmente acho que a Monga também nos preparava prá isso: essa dualidade da personalidade, o nosso "lado negro da Força, Luke!" rsrsrs. Mas é claro que o quê a gente mostra pros outros é o bonitinho. Será que é verdade que são os nossos erros que nos humanizam ou são eles que nos bestificam? A metáfora da Monga é tão boba assim?

E o jogo da Amarelinha? Que a gente saía do Céu e tinha que pular o Inferno? Não importa suas crenças, podemos entender de várias formas, tipo: perdemos nossa inocência infantil e entramos no inferno da vida adulta! Sei lá, mas aquilo movimentava o nosso corpo, nos fazia interagir entre nós.

Fico pensando que toda essa vida virtual, que pode nos enriquecer tanto, nos fez mais ignorantes, mais burros mesmo, justamente porque perdemos essas brincadeiras tão literais...




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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Bicho papão

Existe bicho papão
Ele vem sorrateiro
E te pega na contramão
Vem com um sorriso lisonjeiro
E voce, boba, com medo da solidão
Diz sim, ligeiro
E esquece a intuição
que diz "foge do corriqueiro"
Esse bicho é um covardão
É um futriqueiro
que vai machucar seu coração

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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Tráfego humano

Outro dia fiquei pensando que é isso: o tráfego é uma grande metáfora sobre a diversidade humana. Veja bem: tem sempre alguém indo mais rápido, ou devagar; com o carro melhor, ou pior; OU que pega o farol aberto enquanto voce ficou atrás de uma anta que tá a menos de 10km por hora.

Por quê eu? É a pergunta que vem. Por quê comigo? Aí olho pro lado e vejo um carro mais antigo que o meu, com um som 10 vezes mais potente, uns pneus estranhos. Aperto os olhos, na mesma hora que o rapaz me olha, fico com medo, ele parece o Freddy Kruegger reencarnado, deixo que ele me ultrapasse sem oferecer resistência.

Olho pelo espelho retrovisor e vejo um casal de velhinhos muito tranquilos num fusquinha bege. Nem existe mais carro dessa cor, mas eles estão sorrindo, conversando calmamente e aquilo me encantou a ponto de incomodar o senhor que dirigia e ele me ultrapassar! E a senhora ainda me olha com cara de brava!

Tem também os motoboys que além de dirigirem mal, sambam na pista porque estão olhando para alguma garota com calça apertada na calçada. Tem os pedestres que avançam sobre os carros como se eles fossem os culpados por aquele caos todo. E eu ali, esquecida de mim, num abrir e fechar de faróis, com o carro quase parado.

Mas olho tudo isso e me compadeço, tão diferentes e tão iguais.


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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Balanço

Às vezes escrevo para mim, para ajudar a organizar as idéias, esse fluxo incessante de pensamentos... Reli outro dia algumas coisas e sabe o quê descobri? Que já melhorei muito, mas que ainda falta um grande caminho a percorrer. Normal? Sim, mas é importante fazermos um balanço da nossa vida. Sempre achei brega essa estória de metas dentro de empresa, mas hoje, analisando melhor, creio que devemos fazer isso conosco mesmos.

Acho que é isso. Tenho uma amiga que faz lista de desejos no Ano Novo e não é uma lista besta, tipo começar regime. São ítens práticos, ligados ao trabalho e em geral, mesmo que seja em dezembro, ela consegue quitar a lista. Legal isso. Sabe o q. ela faz? Ela reza. E óbvio, quando a chamam para o trabalho, ela faz o melhor que ela pode.

Em geral, quando temos pouca coisa para fazer, nos enrolamos mais, mas acho que aí é que está a grande virada: aprender a canalizar a energia certa para o trabalho que estão requerendo. Ficamos remoendo! "Ah que será que o chefe ou o colega de trabalho vai pensar?" Faça o seu, defenda o seu. Não, não é egoísmo, é sabedoria. Não está sendo canalha com ninguém e outra coisa: fazer o serviço alheio promove a irresponsabilidade alheia.

Tá vendo? Me desviei! Falava de metas e fazer balanços. O quê falta fazermos? O quê o coração pede antes de morrer? O quê ele diz e que não ouvimos? O quê ele sussurra? Acho que essa é uma das causas da ansiedade: não nos ouvimos! Entramos no medo besta! Ssccchhhhhh silêncio! Preciso olhar a balança!!!

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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Dane-se

A TPM existe, ela é bem real, mas tava aqui pensando que tem o lado positivo, apesar das dores de cabeça, cólicas e choros: ela traz uma espécie de lucidez.

A menstruação traz uma coragem: voce pode com tudo e com todos. Perde o medo. Existe um "dane-se" natural, acho que o corpo pensa: "pior do quê está, não fica".

Muitas vezes tenho receio de falar o quê penso, por receio de magoar, ser enfática e bingo: se o problema que estou postergando é importante, naturalmente ele se resolve neste período do mês. Viro um tsunami, uma espécie incontrolável de mulher que diz todos os absurdos que pensa, com uma certa agressividade, mas também com uma  verdade de quem já não tem mais nada a perder...

Dizem que fico engraçada. Devo ficar, até porque todo o descontrole é engraçado. Mas penso que deveria aprender a usar esse poder mais vezes... Ter menos medo, me magoar menos, apertar mais o "dane-se". Acho que as grandes pessoas, não as famosas, tem esse botão interno e elas são mais leves. Quero ser leve - sim, também gostaria de emagrecer um pouco.

Exagerando, a lucidez da menstruação se aproxima um pouco da lucidez de quem está para morrer, parece que não há outra solução: a não ser encarar a realidade. É uma morte mesmo, se pensarmos mais filosoficamente, é um vazio se fazendo dentro do corpo, algo que não fecundou e é necessário que lutemos para que a vida seja mais fecunda, por isso essa "sinceridade menstrual".

Essa  loucura orgânica, com os hormônios gritando, poderia ser transformada numa disponibilidade orgânica diferente: um certo auto controle, de quem tem menos ilusões e quem sabe o que quer, durante o mês todo e não só durante certos arroubos.

Ou seja, podemos parecer loucas, mas estamos aprendendo a viver melhor durante esse período! Não nos atrapalhem! Riam conosco!


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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Meu herói!

Adoro desenho animado, os antigos, tipo Caverna do Dragão, Liga da Justiça, He Man.. e se deixar assisto até hoje!!! Sem vergonha!! Mas se é verdade que nossa personalidade é desenvolvida quando somos crianças, estou em maus lençóis!!! Porque posso ainda acreditar que toda a vez que estiver em perigo, posso chamar meu super herói favorito. Acho que é por isso que nós não fazemos nada quando os outros erram na nossa frente, nós esperamos que alguém faça por nós.

Esperamos que o Joaquim Barbosa resolva o problema político - ele tá até com dor nas costas! - simbólico não? Esperamos que o colega de trabalho peça aumento, quem sabe não sobra um pouco prá gente? Esperamos que nosso (a) companheiro se demita da relação, assim voce não segura a bronca... Só que a espera, além de nos empobrecer, nos enfraquece.

Não existe herói, tá, ok, só seu pai, mas mesmo assim só quando voce era pequena, porque agora eu sinceramente espero que voce o tenha como um pai amigo. Penso que os livros de auto ajuda aclamam justamente isso:  que voce seja o seu herói, brega? Não, simbólico! Os dragões pode ser seu medo de subir na vida e o príncipe e a princesa são somente partes da mesma pessoa que é voce: aquela que tem coragem de segurar a espada e matar o próprio medo e aquela que espera ser salva... Resta descobrirmos o quê queremos para nós...

Só para matar um pouco a saudades de algo fez parte da minha infância:



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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Cacetada

Sabe aquele dia que vc toma um monte de cacetada e se pergunta: por quê? Então, as vezes não tem explicação. Não é porque vc tá pagando algum pecado, foi grossa com alguém ou algo assim. Não!!! Pode ser que sejam só os astros, pode ser o término de algo chato... Pode ser tanta coisa, mas pode não ser vc!! Vc não é o centro do universo, nem prá sua mãe! Olha que bom!!!

Doido a gente pensar que não tem nada a ver com isso. Porque a gente sempre acha que pode resolver, não!!!! As coisas tem o seu tempo. Vc pode fazer o seu melhor todo santo dia, mas isso não te isenta do sofrimento de não ser ouvida pelo chefe, não ser atendida por um amigo e de bater o carro por uma distração tola. Mesmo assim, faça o seu melhor. Primeiro porque vc tb não ouve as pessoas o tempo todo, tb não atende todo mundo o tempo todo e se distrair é normal!!!! Olha que bom!!!!

Outro dia ouvi uma coisa super bacana, que vou tentar tomar para mim, era mais ou menos assim: "dizem que as pessoas gananciosas são as que mais dão, porque sabem que irão receber". Isso acaba com a forma como vemos o catolicismo, a culpa e sermos bonzinhos né? Portanto, façamos o nosso melhor, se os outros não enxergam isso, problema deles, o importante é sabermos impor nossos limites e se valorizar. Olha que bom!!!!!!

Sim, tem gente que nem vai perceber sua mudança interna, tem gente que vai te boicotar, tem gente que vai se aproximar de vc e pode ser que essas novas "gentes" sejam ótimas! Que venham as cacetadas então! Até porque é bom saber que temos a pele grossa, que somos fortes, até balançamos, mas não caímos, isso de fato nos torna mais Belos. Olha que bom!!! Além de fazer bem prá pele!!

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Sim e não

Será que é proporcional os "nãos" que ouvimos na infância tornarem-se "sims" na vida adulta? E se forem "sims" errados? Não colocarei "sins" prá não virar pecado... rsrsrsrs

Tava pensando nisso... A gente sempre ouve quando criança: menina não mexe aí, não come isso, não fala assim, não, não, não!!! Aí vira adulta e não entende que esses "nãos" nada tem a ver com aceitação, são simplesmente formas de nos moldar prá sociedade, formas de nos educar... Mas a gente quer sim, a gente sempre quer ouvir sim, como se a criança interna não aceitasse o não. A gente quer ter razão? Sim. A gente quer comer doce? Sim. A gente quer ser aceito? Sim.

Agora vem cá: pessoinha chata essa que quer ter razão né? Parece pai, patrão, namorado e amigo chato... Carente essa pessoa que faz birra, que quer chamar atenção... Pois é, mas eu e vc somos assim. Esse juiz chato que mora na nossa cabeça, que justifica cada hora uma coisa diferente, prá justamente reiterar nossos comportamentos, seja endossando-os ou criticando-os.

Acho melhor mudarmos essa figura... Não quero mais ter um juiz, quero ter um pai interno, um pai mais amoroso, mas que enxerga as "desculpinhas" que damos, talvez seja esse o truque! Olha só: "vc tá comendo chocolate demais, entendi que tá ansiosa, mas bebe água, senão vai chegar aos 60 bem gorda". Ao invés de falar assim: "isso come, um chocolate não faz diferença". Isso prá dar um exemplo bem cretino. Deu ansiedade, tenta resolver a fonte e não maquiá-la!

Se continuarmos assim, dando um monte de "nãos" e "sims" errados, como podemos crescer? Tem uma música da Marisa Monte que acho fofa, não vejo como algo romântico, mas sim como algo interno, "de nós com nós"!!!




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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Inadequação

Sempre me senti inadequada, nas roupas atitudes, risadas fora de hora. Sempre quis ter uma turma, nunca tive... Nunca fui punk, dark (na minha época era assim e não Emo)... Hoje ainda me sinto assim, inadequada, mas penso que todos nos sentimos assim, alguns disfarçam melhor, só isso. Alguns conseguem "uma turma".


Alguns deixam de procurá-la e se aventuram a descobrir que os medos e inseguranças são iguais em todos nós: sejamos ricos, classe média, mulher, moça, menina... Só de perceber isso, já é algo, já dá menos ansiedade e nos torna mais humanos.

Gostaria que todos pudéssemos conversar com tranquilidade e num tom de voz mais tranquilo, mas como podemos fazer isso com tanta buzina, música alta e a nossa própria cabeça falando sem párar?! Silenciar é tão complicado. Serenar, serenar...Tem um samba assim?!

Acho que o sereno é justamente isso: uma chuvinha fina, que faz com quê voltemos prá casa antes, prá tomar um chazinho quente, ficar com a mão na caneca, na única intenção de aquecer o próprio coração. O sereno faz todos se recolherem. Até as buzinas ficam mais baixas...

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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Fome

Dizem que o certo é sair da mesa com um pouco de fome, porque o estômago demora para transmitir para o cérebro se está satisfeito. O quê mais demoramos para perceber? Que comemos demais para preencher um vazio que não é gerado pela fome?

Lembro da música do Titãs: vc tem fome de quê? Importante saber disso, senão não saberemos nem por onde começar! E na verdade poucos sabem por onde começar. Em geral vamos com as ondas; mas como bons surfistas deveríamos escolher qual praia nadar...

Não escolhemos nada! Nem o básico, tipo o quê comer, como comer... e assim o número de obesos cresce exponencialmente no mundo. Desaprendemos a comer? Acho que não... Acho que desaprendemos a ouvir... Sabe aquilo que nossos pais faziam conosco, tipo: "senta prá comer menina!", "vai sentar todo mundo junto na mesa", aquela coisa que achávamos chato quando crianças? Então, não era chato, era necessário, para aprendemos a comer não só comida, mas paciência, paciência em ouvir, em entender nos uns com os outros...

Aí dividimos o mundo em: gordos e magros. Mas qual a diferença desses 2 grupos? Só a gordura localizada! Pq ambos tem fome!!!

Também não acredito muito em fome de viver... Sigo o mesmo raciocíno: se me empanturrar de uma vez, não viverei a vida plenamente, calmamente...

Daki a pouco vou para o meu lanche da tarde: pêra, mamão, chá e um bom livro a noite! Pois, "não é só de pão que vive o homem".

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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Como tá o tempo?


A gente reclama. Nossa, como a gente reclama. E como a maioria das pessoas não tem o quê falar, reclama do tempo. Sim, nós falamos do tempo, principalmente quando não temos assunto... “Que chuva hein?” “É mesmo, não gosto quando chove...” ou “que Sol hein?” “Nossa tá abafado”.

Às vezes acho que o quê está abafado é a nossa alma, que tem vontade de gritar atrás de tanta reclamação e preocupações inúteis, tipo com o tempo! Não tem o quê falar? Cala a boca! E sim, me coloco nesse bolo! Quantas vezes entro no elevador e falo sobre: o tempo... Chata! Fica quieta, pergunta como está a pessoa ou agüenta aquele silêncio constrangedor do elevador, MAS não fala sobre o tempo.

Penso que isso na verdade dá uma pista de algo que não queremos pensar: o TEMPO, sabe aquele que não queremos ver? O tempo de vida da sua mãe, do seu pai, do seu amigo, mas principalmente, o quê ninguém admite: o seu próprio Tempo. Não adianta: ateus, católicos, protestantes, agnósticos, pouco importa o rótulo, nós não escapamos a essa pergunta: qual é o meu Tempo? E podemos ir além: o quê é o Tempo?

Penso que o Tempo pode ser algo muito maior do quê nós mesmos, uma espécie de entidade da qual queremos desesperadamente fazer parte... Mas a gente disfarça, porque é orgulhoso, então fala sobre ele superfluamente, reclamando, como algo que não tem importância, como se ele não tivesse nos pegado... E Ele, de forma irônica, deixa a gente falar, na nossa pequenez, porque sabe que somos D’ele  há muito tempo... 


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sexta-feira, 22 de março de 2013

Faz assim

Faz assim, me liga depois.
Faz assim, amanhã eu penso nisso.
Faz assim, hoje eu como doce, segunda começo o regime.
Faz assim, vou beber cerveja mesmo.
Faz assim, espera.
Faz assim, não argumenta.
Faz assim, não responde.
Faz assim, assiste a novela e não sai.
De tanto fazer assim, deixamos de considerar que o assado pode ser interessante, mais difícil porque não estamos acostumados a fazê-lo, mas será proveitoso, gostoso, inteligente. Um aprendizado! Cuidado com a preguiça, ela te torna burro e cego. Tiremos o cabresto! Dá medo?! Sim. Mas talvez seja melhor ser um burrico livre do quê um acorrentado. Vou tentar buscar o assado!

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terça-feira, 12 de março de 2013

Joga fora no lixo

Acordei Sandra de Sá hoje: Joga fora no Lixo! O quê devo jogar? Hoje, essencialmente, como canceriana, quero de vez jogar fora meu passado, ele não move nada: "águas passadas não movem moinhos" - com sotaque bem português.

Essencialmente -  achei estranho usar essa palavra -  mas é verdadeira: essencialmente a gente se prende a hábitos bestas que dão uma sensação de segurança e que no fundo não é nada disso! É medo! Acho que a Terra também se recicla e joga algumas coisas fora; a gente (que se acha super humano) fica guardando coisas bobas: presentinhos quebrados - que foi não sei quem que deu, mágoas, hábitos...

Essencialmente a reciclagem de embalagens e lixo só vai dar certo quando trouxermos isso para nós, para nossa vida pessoal. Não sei quem não gosta de vc e ao invés de apertar o fabuloso botão do foda-se, você tenta agradar a pessoa! Isso é contra reciclagem! Joga essa pessoa fora!!

Essencialmente reciclar deveria propor uma nova postura, pois é de ciclos que a vida é feita, então reciclar pode também ser lido como começar um novo ciclo, sair da inércia, recomeçar e para recomeçar na vida adulta a que nos propomos é: jogar fora no lixo o quê não nos serve mais.



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sexta-feira, 1 de março de 2013

π - Pi

Adorei as Aventuras de Pi. Adorei porque o filme entrou na minha cabeça e no meu coração devagar, sem alarde, com tranquilidade, com carinho... Muitos se ativeram a ele por conta das religiões, da forma como Pi, o protagonista, encarou cada uma delas.

Não me importa as metáforas feitas com as religiões, com os bichos e as pessoas, a floresta ou o significado de cada uma dessas coisas na psique humana, como Freud pensou isso ou Jung akilo.Ok, importa sim, é lindo e delicado como é colocado, mas acho que Ang Lee foi além. Me deu vontade de ler o livro!

Fiquei pensando em pi, o número pi, a letra pi, seu significado... É uma dízima, ou seja, é um número que não tem fim... Se pensarmos só no título: "As Aventuras do Sem Fim"... Que Sem Fim é esse de quê falamos? Deus, nós mesmos, o Universo? Comumente, não pensamos nisso, não pensamos em finitude e infinitude. E, com uma brincadeira no título, só prá começar, já podemos pensar/sentir diferente.

Buscar lá dentro e colocar prá fora é que são elas... Creio que muitas vezes os gênios não sabem o tamanho da sua obra... Os efeitos são 3D - é o quê salta aos nossos olhos de 2013 -  mas fechando meus olhos não é do 3D que me recordo, me recordo dos olhos do tigre e eu me sentindo refletida neles... Naquela tarde, naquele dia, por um instante olhei para mim de um jeito novo e com o olhar virgem.

Ainda hoje posso sentir esse olhar, esse reflexo e essa infinitude me vem, uma calma, um reflexo, uma reflexão... Alguns vão dizer que não foi o filme o causador disso tudo... Não importa, me importa muito mais o q. ele me fez recordar... Beijo no coração


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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Raios que me partam

O Carnaval teve uma notícia digna de sua festa: a renúncia do Papa Bento 16. Achei bem engraçado isso acontecer no meio desse feriado. Não quero discutir sobre religião, se fez certo ou os motivos. Só acho irônico, afinal o Carnaval é uma festa pagã. Ironia de Deus? Acho que devemos olhar com outros olhos e que bom!

Se ele está renunciando:

  • devido aos últimos escândalos: que bom!
  • devido a idade avançada: que bom! (prá ele que vai descansar)
  • devido a corrupção: que bom! Que ele seja um exemplo!


Não importa, penso que devemos enxergar isso com olhos otimistas: estamos tentando mudar!!! Quem diria que isso poderia acontecer com algo tão sólido quanto a grande Instituição Católica? Estamos trocando alhos por bugalhos? Católicos por Evangélicos? Não sei, o tempo vai dizer, mas são ventos novos e penso que devemos içar as velas para melhor aproveitá-los.


  • Um raio caio sobre o Vaticano após a renúncia. Mau ou bom presságio?  
  • Um raio caiu sobre a cabeça de Frankenstein. E daí? rsrsrs


O importante são os raios que caem nas nossas cabeças, nas cabeças de cada um de nós e o q. fazemos com eles. Tomei esse raio prá mim. Acordando algo adormecido que vai levantar vôo de outra forma

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Bebê e adulto

Quando era pequena e via as nuvens no céu, me dava uma certa tristeza e uma certa alegria.

Tristeza porque pensava na morte e que Nostradamus tinha razão: a Terra ia acabar.

Alegria porque simplesmente me sentia bem em poder olhar, sentir a respiração.

Ainda hoje, quando olho o céu com os olhos de criança, tenho a mesma sensação. E ainda me dá medo e também me conforta.

Pergunta: ainda sou criança? O quanto ainda tenho de criança? Em quê medida isso é bom ou ruim?

Como tudo tem dois lados, acho que é bom porque ainda existe alegria, vontade de viver, de acreditar e ruim porque mesmo em tudo isso, há uma espécie de ingenuidade...

Há uma curiosidade e uma preguiça

Há um medo e uma súbita coragem

Há raivinhas e amor

O grande truque talvez seja se reconhecer ainda como criança e, como adulto, saber acalentar esse bebê, que é voce mesmo, e assim fazê-lo amadurecer...

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Lá no fundo

Será que a gente sabe? Será que a gente, lá no fundo, sabe quando um trabalho não vai dar certo, um namoro não vai dar certo, uma amizade não vai dar certo? Será que aquele silêncio que fica dentro do peito nos conta?

Tenho a sensação de que conta sim. A gente é que não ouve: muita buzina, muita reclamação (nossa e dos outros) e aí a gente se decepciona. A pergunta que fica é: com quem? com o trabalho? Com o namoro? Ou com aquela insistente mania de expectativa que temos com tudo? "Ah não tenho opinião sobre família". Arã, até a hora em que alguém discorda dessa opinião que a pessoa diz não ter.

Acreditamos que prá ser feliz é preciso carros, estar magra, ser competente, não chorar, ter a pele linda... Quando, às vezes, um comentário bobo na rua, o pular de uma criança faz a gente rir e esquecer de nós. Uma gota de tranquilidade no coração.

A expectativa é que atrapalha: todo trabalho dá "trabalho", todo namoro dá "trabalho", toda amizade dá "trabalho". Mas aí vem o grande truque: qual "trabalho" que dá? Se vc encarar tudo dessa forma, tudo fica muito chato e sem brilho. Eu erro, vc erra, sua mãe erra. E os erros podem gerar acertos, apesar do "trabalho" que eles dão...

Porque às vezes não enxergamos que desviamos do caminho, que erramos e é necessário muito silêncio e muito "trabalho" prá retomar...

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