Cheiro de Vó
Cheiro de vó não envelhece, fica guardado, lá no fundo da memória e de repente, andar pelo bairro faz a gente lembrar delas e sentir carinho.
Lembrar de se sentir em casa na casa delas,
das balas roubadas no bar,
do corpo, pequeno entrar na caixa do leite, que era de um plástico azul,
lembrar do cheiro do bolo de banana, da sopa de feijão, da terra onde tinha um pequeno milharal,
das minhocas que minha irmã jogava na gente,
das flores, dos limões, da roupa lavada no varal...
E aquilo que estava longe, fica perto de novo,
relembrando nossa finitude, através daquele olhar ancião.
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